subota, 7. studenoga 2015.

CAVACUS SUNT sou ou não anticomunista? E se for? A questão não é meramente ideológica, é existencial. É, por assim dizer, teológica. Cheguei à conclusão, depois de muito matutar, de que sou anticomunista. Acredito na economia de mercado, no capitalismo regulado e na iniciativa privada. Não acredito na coletivização da propriedade e da economia, na eliminação da competição nem na taxação intensiva do capital. O atual Partido Comunista não partilha estas minhas convicções. É coletivista, e foi sempre, ao contrário do que nos querem convencer, pragmático. O PCP foi sempre pragmático e anti-idealista por natureza. Nunca foi um partido romântico e só teve um panfleto literário romântico, os “Esteiros”, de Soeiro Pereira Gomes e A ENGRENAGEM ESSE CÂNTICO DA MISÉRIA E TANTOS OUTRO LEVANTADOS OU DEITADOS AO CHÃO ATÉ EVANGELHOS SEGUNDO CUNHAL PRODUZIU ...O PARTIDO MAIS PIEGAS DESDE QUE FORAM ADUBAR LISBOA COM SIDÓNIO

POLITICAL SABOTAGE

1907 (from 1903 as a French word in English), from French sabotage, from saboter "to sabotage, bungle," literally "walk noisily," from sabot "wooden shoe" (13c.), altered (by association with Old French bot "boot") ~
from Middle French savate "old shoe," 
from an unidentified source that also produced similar words in Old Provençal, Portuguese SAPATO , Spanish (zapata), Italian (ciabatta), 

Arabic (sabbat), and Basque (zapata)

četvrtak, 3. rujna 2015.

PORTUGAL UM PAÍS QUE PERDE TEMPO A DISCUTIR A QUALIDADE DOS PASTÉIS DE BELÉM ...NÃO PERCEBI NEM RECEBI TEMPUS FUGIT FUGIT PARADO....GANHAR OU PERDER TEMPO .....ACHANDO-SE UM DIA 4 SOARES PRATICANDO, DISSE O TEÓLOGO EM CUJA CASA ELES ESTAVAM - EU SEMPRE TIVE PRA MIM E INDA TENHO AGORA, QUE DAS GRANDES PERDAS QUE HÁ NO MUNDO É A DO TEMPO POIS VALE O SEU PESO NULO EM OURO E PERDIDO NUNCA SE PODE COBRAR ...ENQUANTO TENDES TEMPO GASTAI-O EM BOAS OBRAS PÚBICAS OU PÚBLICAS TANTO FAZ NÃO O GASTEIS EM VÍCIOS ONANISTAS E EM COUSAS VÃS POIS HOMOS ENFADADOS OU MAL FADADOS OU MAL FODIDOS NADA TENDO PRA FAZER ANDAM TRAÇANDO NA FANTASIA MIL CASTELOS AO VENTO OU AO BENTO SÃO TÃO ESQUECIDOS DE SI QUE NASCENDO PARA O VERO TRABALHO NÃO BUSCAM SENÃO FALSO DESCANSO DONDE VEM A NÃO FAZEREM COUSA COM QUE DEIXE DE SI MEMÓRIA

 DAÍ NINGUÉM SE LEMBRAR DOS NOMES 

DOS PRESIDENTES DE PORTUGAL

OU MESMO DOS CÓMICOS DE PORTUGAL

ANTERIORES A UM TAL DE SANTANA 

LOPES OU COUSA ASSIS 

E UM TAL DE VASCO 

GONÇALVES 

O MURALHA D'AÇO



 ISTO É UMA PARÁBOLA OU UMA ALEGORIA E QUEM DÁ O CU À COSTA AFOGOU-SE OU É UM MILITANTE QUE VOTA ANTECIPADAMENTE?Eu dou a cara pelo Antonio Costa e' uma alternativa que merece confiança ... Gosto · Responder · 1 · 17 min Helena Mascarenhas Cordeiro Dias Eu dou a cara por António Costa. Ter Confiança é ter Futuro! Gosto · Responder · 10 min Araújo Pereira DesCostas só falta a cara mas percebe-se o problema Araújo Pereira DesCostas cá a gente dá a alma à costa ....já o corpo ou mesmo o fundo das costas nã tamos prái virados

 ASSIM O ENTENDIMENTO QUE QUER PENETRAR O QUE LHE NÃO CONVÊM NA HORA ANTIGA. FICA INÁBIL PARA OUTRAS PENETRAÇÕES ASSIS COMO AS ESPIGAS POR MAIS GROSSAS E BEM CARREGADAS SÃO MAIS SE ABAIXAM E INCLINAM E PLO CONTRÁRIO QUANTO MAIS LEVES E QUASE VAZIAS ESTÃO MAIS SE ALEVANTAM ...E ASSIS OS HOMOS QUANTO MAIS VAZIOS ESTÃO MAIS S'ALEVANTAM

utorak, 5. svibnja 2015.

NUM POVO EDUCADO OU AMACHUCADO PELA TELEVISÃO POBRE TODA A NÓDOA É NOBRE TODA A NÉVOA ESTÁTICA É ESTÉTICA TODA A PROSA VIL É SENIL DIALÉTICA DIANÉTICA DE ABRIL

todo o velho chavelho é um salazar seminal potencial já por azar se calhar...o seminário observatório do risco ao meio notório ...forma ou deforma novos in velhos que gostam como socrates de pinar com educativas paixões e ternas mas não eternas tesões com que empernas nas tabernas  em pupilos e pupilas nas pilas com que desfilas nos regimes sem maneiras em que tu cheiras
 
AVÉ-MANIA DA NÉVOA TELEVISIVA QUE NOS ASSOMBRA NA SOMBRA DA BOMBA QUE UM DIA SERÁ H....

Meu filho! termina o dia…
A primeira estrela brilha…
Procura a tua cartilha,
E reza a Ave Maria!

O gado volta aos currais…
O sino canta na igreja…
Pede a Deus que te proteja
E que dê vida a teus pais!

Ave Maria!… Ajoelhado,
Pede a Deus que, generoso,
Te faça justo e bondoso,
Filho bom, e homem honrado;

Que teus pais conserve aqui
Para que possas, um dia,
Pagar-lhes em alegria
O que sofreram por ti.

Reza, e procura o teu leito,
Para adormecer contente;
Dormirás tranquilamente,
Se disseres satisfeito:

“Hoje, pratiquei o bem:
Não tive um dia vazio,
Trabalhei, não fui vadio,
E não fiz mal a ninguém.”


Olavo Bilac 




 
Retrato

"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?"

Cecília Meireles



Círculo Vicioso

Bailando no ar, gemia inquieto vaga-lume:
- Quem me dera que fosse aquela loura estrela,
que arde no eterno azul, como uma eterna vela !
Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme:

- Pudesse eu copiar o transparente lume,
que, da grega coluna á gótica janela,
contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela !
Mas a lua, fitando o sol, com azedume:

- Misera ! tivesse eu aquela enorme, aquela
claridade imortal, que toda a luz resume !
Mas o sol, inclinando a rutila capela:

- Pesa-me esta brilhante aureola de nume...
Enfara-me esta azul e desmedida umbela...
Porque não nasci eu um simples vaga-lume?



Machado de Assis


Ave! Maria!

A noite desce, – lentas e tristes
Cobrem as sombras a serrania,
Calam-se as aves, – choram os ventos,
Dizem os gênios: – Ave! Maria!

Na torre estreita de pobre templo
Ressoa o sino da freguesia,
Abrem-se as flores, – vésper desponta,
Cantam os anjos: – Ave! Maria!

No tosco alvergue de seus maiores,
Onde só reinam paz e alegria,
Entre os filhinhos o bom colono
Repete as vozes: – Ave! Maria!

E, longe, longe, – na velha estrada,
Para, – e saudades à pátria envia,
Romeira exausta, que o céu contempla
E fala aos ermos: – Ave! Maria!

Incerto nauta por feios mares,
Onde se estende névoa sombria,
Se encosta ao mastro, descobre a fronte,
Reza baixinho: – Ave! Maria!

Nas soledades, sem pão nem água,
Sem pouso e tenda, sem luz nem guia,
Triste mendigo, que as praças busca,
Curva-se e clama: – Ave! Maria!

Só nas alcovas, nas salas dúbias,
Nas longas mesas de longa orgia
Não diz o ímpio, – não diz o avaro,
Não diz o ingrato: – Ave! Maria!

Ave! Maria! – No céu, na terra!
Luz da aliança! – Doce harmonia!
Hora divina! – Sublime estância!
Bendita sejas! – Ave! Maria!



Fagundes Varela


Carreteiro

Carreteiro é a paciência caminhante!
Jamais na vida soube o que era pressa!
Ao passito desceu pelo lançante...
Ao passito a subida ele começa...

Sempre ao passito, vai seguuindo adiante...
A vida toda leva a viagem essa!
Sob o sol quente ou sob o frio cortante,
Segue assim, sempre assim, nunca se apressa.

Leva n'alma gemidos de carreta...
E é impassível, por mau ou por bondade,
Embora a desventura lhe acometa.

Nesse viajar sem fim, que ele não sente,
Lembra a viagem constante da saudade,
Carregando passado p'ra o presente.
 



Vargas Netto


A Flor e a Fonte

"Deixa-me, fonte!", Dizia
A flor, tonta de terror.
E a fonte, sonora e fria,
Cantava, levando a flor.

"Deixa-me, deixa-me, fonte!"
Dizia a flor a chorar:
"Eu fui nascida no monte...
"Não me leves para o mar".

E a fonte, rápida e fria,
Com um sussurro zombador,
Por sobre a areia corria,
Corria levando a flor.

"Ai, balanços do meu galho,
"Balanços do berço meu;
"Ai, claras gotas de orvalho
"Caídas do azul do céu!..."

Chorava a flor, e gemia,
Branca, branca de terror,
E a fonte, sonora e fria,
Rolava, levando a flor.

"Adeus, sombra das ramadas,
"Cantigas do rouxinol;
"Ai, festa das madrugadas,
"Doçuras do pôr do sol;

"Carícia das brisas leves
"Que abrem rasgões de luar...
"Fonte, fonte, não me leves,
"Não me leves para o mar!..."
 



Vicente de Carvalho

Testamento

O que não tenho e desejo
É que melhor me enriquece.
Tive uns dinheiros — perdi-os...
Tive amores — esqueci-os.
Mas no maior desespero
Rezei: ganhei essa prece.

Vi terras da minha terra.
Por outras terras andei.
Mas o que ficou marcado
No meu olhar fatigado,
Foram terras que inventei.

Gosto muito de crianças:
Não tive um filho de meu.
Um filho!... Não foi de jeito...
Mas trago dentro do peito
Meu filho que não nasceu.

Criou-me, desde eu menino
Para arquiteto meu pai.
Foi-se-me um dia a saúde...
Fiz-me arquiteto? Não pude!
Sou poeta menor, perdoai!

Não faço versos de guerra.
Não faço porque não sei.
Mas num torpedo-suicida
Darei de bom grado a vida
Na luta em que não lutei!


Manuel Bandeira

 

A Jesus Cristo Nosso Senhor

Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,
Da vossa alta clemência me despido;
Porque, quanto mais tenho delinquido,
Vós tenho a perdoar mais empenhado.

Se basta a vos irar tanto pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido:
Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.

Se uma ovelha perdida e já cobrada
Glória tal e prazer tão repentino Vos deu,
como afirmais na Sacra História,

Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,
Cobrai-a; e não queirais, Pastor Divino,
Perder na vossa ovelha a vossa glória.
 



Gregório de Matos Guerra

 

Bocage teve uma fecunda produção poética. Geralmente não dava títulos a seus sonetos, como, alias o fazia também Camões. O soneto a seguir é um dos de que mais gosto:

Incultas produções da mocidade
Exponho a vossos olhos, ó leitores:
Vede-as com mágoa, vede-as com piedade,
Que elas buscam piedade, e não louvores.

Ponderai da Fortuna a variedade
Nos meus suspiros, lágrimas e amores;
Notai dos males seus a imensidade,
A curta duração de seus favores;

E se entre versos mil de sentimento
Encontrardes alguns cuja aparência
Indique festival contentamento,

Crede, ó mortais, que foram com violência
Escritos pela mão do Fingimento,
Cantados pela voz da Dependência.
 



Bocage

 

Augusto dos Anjos é extremamente pessimista, mas ninguém pode negar que é excelente poeta:
 

Versos Íntimos

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
 



Augusto dos Anjos